O ex-ministro do Meio Ambiente e atual deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) se tornou réu em uma ação da Justiça Federal que apura um esquema de exportação ilegal de madeira. O ex-presidente do Ibama Eduardo Bim e outros servidores também foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF).
De acordo com a denúncia, em março de 2020, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil comunicou à Polícia Federal sobre a apreensão de três cargas de produtos florestais de origem brasileira no estado da Geórgia. As encomendas estavam sem as autorizações necessárias.
De acordo com o MPF, existem indícios de que agentes públicos e privados brasileiros agiram com o objetivo de dar legalidade à madeira brasileira apreendida pelas autoridades norte-americanas, contrariando procedimentos adotados pelo Ibama.
De acordo com o jornalista @andretrig, da GloboNews, o ex-ministro do meio ambiente e atual deputado federal Ricardo Salles virou réu por corrupção passiva, crimes contra a fauna e a flora e organização criminosa, em denúncia do Ministério Público Federal do Pará, acolhida pela Justiça nesta segunda-feira, 28.
O caso referente à denúncia do MPF ocorreu em abril de 2021 e levou à exoneração do Superintendente da PF do Amazonas, Alexandre Saraiva.
O caso:
Saraiva apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra Salles, o então presidente do Ibama, Eduardo Bim e o senador Telmário Mota (PROS-RR), acusando-os de integrarem organização criminosa e de exercer advocacia administrativa – patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário. Eles teriam atuado na defesa de empresários acusados de extraírem ilegalmente cerca de 200 mil metros cúbicos de madeira, apreendidos pela PF durante a Operação Handrocanthus-GLO.