/

Gang do Eletro e Suraras do Tapajós são confirmadas no Rock in Rio

Rock In Rio

Em resposta às críticas envolvendo a ausência de artistas do norte do país, Zé Ricardo, vice-presidente artístico da Rock World, anunciou nesta sexta-feira (17) a inclusão de novas atrações para o Dia do Brasil no Rock in Rio. Agora, o festival contará com Victor Xamã, Gang do Eletro e Suraras do Tapajós.

As bandas paraenses se apresentarão no dia 21 de setembro, no Global Village, no palco “Pra Sempre – Futuro Ancestral”.

O QUE DISSE O ROCK IN RIO?

Rock in Rio

Em declarações à imprensa, Zé Ricardo explicou: “No lançamento do Dia Brasil, eu disse para 120 jornalistas que aquele era o line-up inicial. Nós vamos lançar mais artistas para o Dia Brasil. Tem mais gente nos outros palcos [do Amazonas e do Pará]. Mas o que acontece hoje é que há pouca escuta.”

Ricardo também expressou sua insatisfação com as manifestações de artistas paraenses após o anúncio inicial do line-up: “Saramago dizia que para ‘você conhecer uma coisa, você tem que dar a volta nela’. Então, tem que esperar o dia sair todo para a gente poder criticar. Sou apaixonado pelas Suraras [do Tapajós] há um tempão.”

Ele também defendeu o histórico do Rock in Rio em relação à representatividade regional, mencionando homenagens anteriores ao Pará e à Amazônia: “O Rock in Rio é o único festival que fez um show em homenagem a um estado do Brasil, que foi o Pará, que abriu uma bandeira do Pará gigante em cima do palco, colocou a Dona Onete lá. O Rock in Rio, em 2022, fez uma arena sobre a Amazônia. Então, acho a crítica não muito embasada, porque eu acho que o histórico do Rock in Rio nos defende, mas respeito.”

Keila Gentil, integrante da Gang do Eletro, compartilhou sua expectativa para o festival, destacando a união de diferentes facetas da Amazônia na apresentação: “Nosso nome foi sugerido como referência de música do Norte e entraram em contato através da nossa agência. Eles queriam um show em conjunto com outro artista, a gente sugeriu alguns nomes e a proposta com as Suraras foi abraçada na ideia de juntar a ancestralidade indígena de um grupo de carimbó formado por mulheres e a tecnologia e futurismo da Gang. A Amazônia mostrando suas várias facetas.”