Sindicatos dos rodoviários de Belém, Ananindeua e Marituba anunciaram na tarde desta quarta-feira, 7, uma paralisação geral para a próxima quinta-feira, 8, na região metropolitana de Belém.
Diversos atos estão sendo marcados pelos trabalhadores rodoviários. O motivo da paralisação, segundo os representantes da categoria, são os reajustes combinados na última greve, ocorrida em maio deste ano que segundo a categoria ainda não foram pagos integralmente.
Um aviso, por parte do sindicato, o Sintram, também já circula nas redes sociais. “O Sintram não abrirá nesta quinta-feira, 8, para exercer suas atividades, devido ação de protesto promovido por seus diretores e presidentes Huelen Ferreira, em lutar por nosso direito salarial referente aos anos de 2021 e 2022, acertado em acordo coletivo, com a participação do Ministério Público e o juiz do trabalho, com representantes do governo e das empresas, e não cumprido por parte dos mesmos!”, diz o aviso.
Um vídeo foi publicado na página do sindicato no Facebook convocando a categoria para aderir à paralisação geral.
Veja:
O BT entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém, o Setransbel, que informou que não foi comunicado da paralisação.
Veja a nota do sindicato na íntegra: “O Setransbel ressalta que não foi comunicado sobre a possível paralisação dos trabalhadores rodoviários prevista para a quinta-feira (8).
Destaca, ainda, que tendo em vista o atual cenário financeiro do sistema que acumula um prejuízo mensal que ultrapassa os R$18 milhões, se torna impraticável a aplicação de novos reajustes salariais.
Esclarecemos que o desequilíbrio financeiro das empresas é provocado pela diminuição de passageiros pagantes, os sucessivos aumentos do diesel e a redução na tarifa técnica, que mesmo calculada pela Semob e aprovada pelo Conselho de Transportes em R$5,00 (cinco reais) foi homologada em R$4,00 (quatro reais), o que tem impossibilitado honrar com os custos elevados do sistema.
Deve-se também levar em consideração que as despesas com pessoal representam cerca de 45% do valor da tarifa e, atualmente, as despesas com combustível se aproximam de 44%, o que torna insustentável a operação nas atuais condições.
Por fim, destacamos que o auxílio do poder público, através de desonerações e subsídios, é o único caminho para o equilíbrio econômico financeiro do sistema sem onerar ainda mais o passageiro pagante, única fonte de custeio do setor”.