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Sampaoli, do Flamengo, se manifesta após agressão de preparador contra Pedro Guilherme

Na noite deste último sábado , dia 29, após a vitória do Flamengo por 2 a 1 contra o Atlético-MG pelo Brasileirão, o atacante Pedro Guilherme, de 26 anos, foi alvo de uma agressão no vestiário do Arena Independência, no bairro Horto, em Belo Horizonte.

O responsável pela agressão é o preparador físico do clube, Pablo Fernández, de 54 anos. Pedro prestou queixa sobre o caso e foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal para realizar exame de corpo de delito. Após a repercussão do caso, já neste domingo, 30, o treinador do Flamengo, Jorge Sampaoli, usou suas redes sociais para expressar seu repúdio à violência como forma de solução para conflitos.

B.O CONFIRMA AGRESSÃO:

Um Boletim de Ocorrência (B.O) registrado após o caso de violência confirmou as lesões no rosto e boca de Pedro, que foram constatadas no Instituto Médico-Legal (IML). O preparador físico Pablo assumiu o compromisso de comparecer à audiência perante o Juizado Especial Criminal para as medidas legais cabíveis e foi liberado.

O QUE ACONTECEU NO VESTIÁRIO?

Conforme o relato de Pedro no B.O, após o jogo, enquanto o atacante estava no vestiário olhando para o celular e conversando com amigos e familiares, Pablo se aproximou e começou a questionar por que ele não estava aquecendo. O preparador teria dado três tapas no rosto de Pedro e, em seguida, desferido um soco, causando lesões.

Outros jogadores do Flamengo, o volante Thiago Maia e o atacante Everton Cebolinha, testemunharam o incidente e corroboraram o relato de Pedro.

O caso teria surgido devido a uma insatisfação de Pablo ao ver Pedro no banco de reservas enquanto os demais reservas aqueciam. A situação culminou em uma cobrança ríspida que resultou na agressão.

O atacante Pedro, em seu Instagram, classificou a agressão como covarde e disse que sofreu tanto covardia física quanto psicológica nas últimas semanas no Flamengo.

“Covardemente, sem motivo e inexplicavelmente, fui agredido, com um soco no rosto, por Pablo Fernandez, membro da comissão técnica do Sampaoli. A covardia física se sobrepôs diante da covardia psicológica que tenho sofrido nas últimas semanas”, disse o centroavante em seu Instagram.

“Alguém que se acha no direito de agredir o outro não merece respeito de ninguém. Já passei por muitas provações aqui no Flamengo, mas nada se compara com a covardia sofrida hoje.”, diz Pedro.

Veja o texto publicado pelo jogador:

 
 
 
 
 
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O QUE DISSE O TÉNICO DO FLAMENGO SOBRE O CASO:

Jorge Sampaoli técinico do Flamengo. Foto: Wagner Meier/Getty Images

O técnico destacou que o episódio o deixou triste e lamentou que uma vitória impressionante tenha sido ofuscada por uma disputa interna. Embora compreenda que existam razões para a discussão, Sampaoli enfatizou que a violência não é a resposta adequada e que todos têm o direito de cometer erros, desde que busquem se transformar e melhorar. “Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum”, escreveu o técnico argentino. “O que aconteceu ontem me deixou muito triste. Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas neste momento não importam”, completou.

Para o treinador, é uma evolução positiva que a violência esteja sendo cada vez menos aceita no ambiente do futebol, mas ressaltou que essa transformação demandará tempo e esforço coletivo. Ele reafirmou o compromisso de ajudar tanto Pedro quanto Pablo e ressaltou a importância de cuidarem uns dos outros, buscando a união entre os membros da equipe.

Sampaoli afirmou ainda não ter dormido após o caso, “pensando em como ajudar Pedro e Pablo”. “Sei que vocês dois tiveram uma noite horrível. E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar. Para nos mudar Para unir”, disse.

CLUBE AINDA NÃO SE MANIFESTOU:

O clube ainda não se posicionou oficialmente sobre o caso, entretanto, segundo informações do portal O Globo, estaria aguardando os trâmites legais, com o boletim de ocorrência feito pelo atacante Pedro, para formalizar a demissão do preparador físico Pablo Fernández, por justa causa.