Na sexta-feira, 18, em Portugal, o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comentou a polêmica acerca da sua ida à COP 27, Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece no Egito. Em fala para a imprensa, o petista se disse agradecido pelo convite que recebeu do governador do Pará, Helder Barbalho, e do presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, mas afirmou que nenhum dos dois poderia custear sua ida ao evento.
“Eu fui convidado pelo governador da Amazônia para ir à COP 27, mas os estados não poderiam arcar com a minha despesa. Segundo, eu fui convidado pelo presidente do Egito, mas também não pagava a minha despesa. E eu tinha um amigo que queria ir na COP e ele tinha um avião, e eu fui com ele. Um avião novo, de boa qualidade e com muita segurança”, comentou Lula sobre a viagem com José Seripieri Junior, empresário do setor de planos de saúde e que já foi alvo de um mandado de prisão temporária durante uma fase da Lava Jato.
Lula seguiu e afirmou que, por segurança, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria ter oferecido um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para levá-lo ao evento. “Um presidente eleito tem que cuidar da sua segurança, sobretudo em um país em que você tem bolsonaristas raivosos se espalhando. Segurança é uma coisa séria. Se o Estado brasileiro fosse democrático e a gente tivesse um presidente responsável, quem sabe ele tivesse oferecido um avião da FAB para me levar. Mas ele não ofereceu, paciência. Eu sou grato ao meu amigo que foi comigo”, disse.
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