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Seca: baixa no Rio Tapajós dificulta escoamento da produção de grãos no Norte do país

A seca severa que tem castigado a região Norte do Brasil segue promovendo prejuízos e problemas. Agora, o escoamento da produção de grãos é o mais novo prejudicado pela crise climática, além da Amazônia e seu ecossistema.

O Rio Tapajós atingiu, na última segunda-feira,9, a marca de 70 centímetros, nível mais baixo desde o começo do monitoramento no ano de 2000. O normal para essa época seria três metros. O porto de Itaituba, no Pará, teve que fazer ajustes para não suspender as operações.

“Estamos sendo obrigado a reduzir a capacidade de carga. Estamos embarcando nos comboios e, por isso, está sofrendo uma redução desse volume. A gente esperava transportar um pouco mais”, Flávio Acatauassu, presidente da Amport,

“Estamos sendo obrigado a reduzir a capacidade de carga. Estamos embarcando nos comboios e, por isso, está sofrendo uma redução desse volume. A gente esperava transportar um pouco mais”, Flávio Acatauassu, presidente da Amport, Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica.

Com a operação mais lenta, os carreteiros esperam dias, semanas, para descarregar.

“Estão dizendo que é por causa da demora das barcaças de encostar porque o  rio tá baixo”, disse uma caminhoneira.

Nos três portos de Santarém, mais improviso. Várias balsas enfileiradas viram uma espécie de ponte que permite as carretas chegarem as barcaças. O que também torna a operação mais lenta.

Um posto de triagem de dois portos graneleiros, com capacidade para pouco mais de mil caminhões, está lotado. Por falta de vaga, alguns caminhoneiros precisaram estacionar no acostamento.

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Em Itaituba, o município decretou situação de emergência devido a severa estiagem que assola a região e vem secando os rios. A prefeitura da cidade caracterizou a atual situação como desastre ambiental e climatológico. No documento que institui o decreto, a prefeitura detalha que a estiagem também está prejudicando o deslocamento da população ribeirinha e a travessia da cidade de Itaituba para o distrito de Miritituba, que é feita por Balsa.

O abastecimento de água e alimento também é uma preocupação da gestão municipal, que corre o risco de entrar em condição de vulnerabilidade por isolamento e desaparecimento de hidrovias, que seria a seca total dos rios em Itaituba. O decreto vale por 90 dias e pode ser estendido para 180, praxo máximo. A estiagem acentuada pode provocar danos sem precedentes ao município, alerta o decreto.

*Feito com informações de Jornal Nacional.