A região amazônica está enfrentando período de estiagem fora do comum, que tem castigado os moradores com as temperaturas elevadas – resultando na seca de rios e lagoas. Entre os principais causadores dessas ocorrências, estão o El Niño e a distribuição de calor do Oceano Atlântico Norte.
O El Niño é um fenômeno natural caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial. Ele ocorre em intervalos irregulares de cinco a sete anos e tem duração média que varia entre um ano a um ano e meio.
De acordo com informações do portal G1, a previsão é de mais estiagem nos próximos meses, acarretando atraso do início da estação chuvosa na região – que deveria começar em outubro. Dos 62 municípios amazonenses, 38 estão em alerta e 17 em situação de emergência.
“A seca está fora do normal e deve piorar nos próximos meses. O El Niño tem grande contribuição nisso, assim como a distribuição da temperatura das águas do Atlântico Tropical”, afirma Giovanni Dolif, meteorologista do Centro de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), acredita que, apesar de o reflexo dos dois fenômenos ocorrerem em regiões diferentes da Amazônia, o aquecimento das águas do oceano desencadeia mecanismo de ação similar sobre a floresta. Como resultado, os dois fenômenos reduzem as chuvas na região. A última seca registrada no Amazonas foi em 2016 – também em decorrência de outra versão do El Niño, que aconteceu entre 2015 e 2016.