Em ofício enviado ao Itamaraty, a Secretaria Nacional de Justiça negou que tenha recebido informações de casos similares às denúncias feitas pela ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF).
A senadora, eleita pelo Distrito Federal, afirmou ter conhecimento de casos de tráfico de crianças e abusos infantis na Ilha do Marajó. Segundo Damares, todas as informações foram obtidas enquanto ela ainda era ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH).
No ofício, obtido pelo blog da jornalista Andréia Sadi, o procurador federal Bruno de Andrade Costa responde a uma solicitação feita pelo Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conatrap) e direcionada ao Itamaraty. O grupo é formado por organizações da sociedade civil que atuam no combate ao abuso de crianças e adolescentes.
De acordo com o procurador, a Coordenação-Geral de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoa e Contrabando de Migrantes (CGETP,) “não recebeu informações ou tem ciência sobre casos específicos de tráfico de pessoas, exploração sexual e tortura de crianças no Arquipélago do Marajó”.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos ainda não comentou sobre o ofício, mas afirmou já ter recebido mais de cinco mil queixas sobre violência sexual ou tráfico de crianças no estado do Pará nos últimos sete anos. O MMFDH afirmou, ainda, que encaminhou todas as queixas para os órgãos responsáveis.