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Secretários de Agricultura da Amazônia Legal conhecem produção de açaí e de pirarucu

Durante o último final de semana, mais precisamente no sábado, 27, os secretários de agricultura da Amazônia Legal participaram de uma visita técnica para conhecer de perto o trabalho que está sendo desenvolvido em duas das mais importantes cadeias do Estado: do açaí e do pirarucu. A programação foi realizada no município de Benevides, na Região Metropolitana de Belém, onde estão localizados os empreendimentos.

A programação foi organizada localmente pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e fez parte do encontro que reuniu todos os gestores de Agricultura, que integram o  Consórcio Interestadual do Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL).

O titular da Sedap, Giovanni Queiroz, anfitrião da programação, informou que a visita teve como finalidade apresentar a estrutura dos empreendimentos instalados em Benevides e que trabalham para o desenvolvimento das  cadeias no estado utilizado recursos técnicos e tecnológicos desenvolvidos por eles próprios.

“Estamos nessa visita técnica com os secretários para conhecer melhor essa estrutura que trabalha com duas das mais importantes cadeias da nossa Amazônia”, reiterou o secretário.

Há mais de 10 anos no mercado, a Palamaz foi o primeiro local visitado pela comitiva que conheceu a tecnologia utilizada pelo empreendimento para a fabricação dos produtos ofertados ao mercado. A empresa, que possui capacidade  de processamento de até 100 toneladas de açaí por dia,  também exporta sua produção, conforme  souberam os secretários de agricultura da região Norte.

O maquinário utilizado no empreendimento, conforme informações repassadas pela direção, foi fabricado pela própria empresa. Durante a visita, a comitiva acompanhou de perto e recebeu informações sobre a capacidade de produção.

O proprietário da empresa, Francisco Ferreira, frisou após a visita, que ficou satisfeito em poder repassar ao grupo um pouco do trabalho realizado pela Palamaz para melhoria da cadeia do açaí. “É em prol para beneficiar tanto os produtores quanto os consumidores; a gente quer produzir cada vez com qualidade, com isso, o produtor sai  ganhando  porque consegue agregar valor ao produto dele, o consumidor também ganha porque recebe um produto de melhor qualidade”, ressaltou Ferreira.

Cativeiro – Em seguida, o grupo visitou a propriedade do piscicultor  Eduardo Arima, na Estrada da Koréia, no bairro Santa Maria, no distrito de Benfica.  O empreendimento, conforme conheceram os membros da comitiva, tem um projeto de criação de pirarucu em tanque de lona suspenso e produz o pirarucu premium.

O secretário Giovanni Queiroz observou que ficou satisfeito com a visita, pois permitiu que o grupo conhecesse a estrutura implantada na propriedade desde a produção de alevinos até o final da comercialização. “É uma carne nobre feita na Amazônia e nós queremos replicar isso para outros criadores que desejem trabalhar com aqüicultura, principalmente com essa carne especial que é o pirarucu”, destacou Queiroz.

Para o piscicultor, a visita também foi positiva. “Ela só vem a fortalecer mais o nosso projeto, estamos tentando capturar mais recurso e  mais adeptos para a gente conseguir um volume maior e tentar a parte de exportação do nosso pirarucu”, frisou Arima.

Integração – o secretário de agricultura familiar do estado de Mato Grosso, Clovis Cardoso, após visitar os dois empreendimentos, disse que o encontro realizado em Belém, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e a programação em Benevides abriram uma nova perspectiva para todos os estados que integram o bioma  Amazônico.

“Nós temos problemas e cadeias produtivas em comum; visitamos aqui esses empreendimentos e vimos essa propriedade que está produzindo pirarucu em cativeiro de uma forma tecnificada , altamente rentável.  Na Palamaz,  vimos uma tecnologia criada pelo próprio produtor que hoje exporta açaí para o mundo todo. Isso propicia ao Mato Grosso condições de abrir um leque para os produtores familiares do estado,assim  como abre para todos os estados da Amazônia”, vislumbrou o secretário de agricultura familiar.

*Com informações de Agência Pará