O Ministério Público Federal (MPF), arquivou o inquérito civil contra o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, que investigava supostas irregularidades nas operações de crédito entre o Tesouro Nacional e o Banco do Brasil (BB) em 2015, durante o mandato da ex-presidente da república Dilma Rousseff (PT). Essa foi a base da justificativa para o pedido de impeachment contra a ex-presidente que aconteceu em 2016.
Na época, Dilma foi acusada de dar “pedaladas fiscais”, terno usado na época, que configura atrasar repasses obrigatórios em bancos públicos de recursos usado no pagamento de benefícios sociais. Guido Mantega, Dilma Rousseff e Arno Augustin, então secretário do Tesouro Nacional, foram investigados pelo suposto crime.
A decisão pelo arquivamento, tomada pela 5ª Câmara de Coordenação de Revisão de Combate à Corrupção, foi publicada pelo site de Dilma. Em nota, Dilma comemorou a decisão do MPF: “A verdade veio à tona. Demorou, mas a Justiça está sendo feita”, afirmou a ex-presidente, segundo a página oficial.
No Twitter, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, destacou o arquivamento classificando o crime de responsabilidade imputado a Dilma seis anos atrás como “infundado”.
A 5ª Câmara homologou o arquivamento, sob o fundamento de que “tanto o Tribunal de Contas da União quanto a Corregedoria do Ministério da Economia afastaram a possibilidade de responsabilização dos agentes públicos que concorreram para as pedaladas fiscais do ano de 2015, seja em virtude da constatação da boa-fé dos implicados, seja porquanto apenas procederam em conformidade com as práticas do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão”.