O jovem Mateus Facio, de 21 anos, estava no litoral do Rio de Janeiro para passar a virada de ano com amigos, quando sentiu uma pancada na cabeça. Ele pensou ter sido atingido por uma pedra. Um dos amigos, médico, chegou a estancar o sangramento e colocar gelo no local.
Nos dias seguintes, Mateus seguiu com a vida normalmente. Ele percorreu 300 km dirigindo de volta para Juiz de Fora, e, na sequência, ainda fez um bate e volta a trabalho, novamente para o Rio de Janeiro. Tudo sem dores ou maiores sinais de que algo estivesse errado.
“No outro dia fomos à praia tranquilamente, seguindo a rotina normal. No dia 2 [de janeiro] volto para Juiz de Fora, sem sentir nada, tranquilamente, 7 horas de viagem. No dia 3 trabalhei pela manhã, à tarde fui no Rio de Janeiro, num bate e volta para resolver umas coisas”, relembrou.
Já na tarde do dia 4 de janeiro, após um cochilo pela parte da tarde, ele começou a notar sintomas estranhos no próprio corpo. “Fui tirar um cochilo e acordei com o braço um pouco bobo, a mão com movimento estranho, sentia os dedos mexendo, mas não tinha confiança para pegar uma coisa”, contou.
O SUSTO
No hospital, Mateus foi informado que estava com um projétil de calibre 9 milímetros, alojada na cabeça dele. “Eu recebi a notícia e já começaram a me colocar acesso, oxímetro, sensores atrás do peito, e logo depois, me colocaram no CTI [Centro de Tratamento Intensivo]”, disse.
A cirurgia para retirada do projétil durou aproximadamente duas horas. Depois disso, ele permaneceu dois dias na CTI e mais um no quarto, até receber alta. Mateus agora se recupera em casa.
INVESTIGAÇÕES
O projétil retirado da cabeça de Mateus foi encaminhado para a Polícia Civil de Cabo Frio, que ficará responsável por investigar de onde saiu a bala e quem efetuou o disparo. De acordo com a Polícia Militar, não houve registro de nenhuma ocorrência no dia envolvendo tiros na região da praia.
