O Museu paraense Emílio Goeldi, que também é parque e jardim botânico, preparou uma extensa e diversificada programação na semana do museu 2023, de 15 a 26 de maio. A instituição como um todo, que está perto de completar 160 anos, oferece uma programação com palestras, trilhas, exposições com realidade virtual, visitas guaidas e tudo aberto ao público e de graça. O dia internacional do Museu é celebrado em 18 de maio, nesta quinta-feira.
No final do texto você confere um conteúdo audiovisual sobre o Museu Emílio Goeldi e a Semana Nacional do Museu.
Referência nacional associada à pesquisa acadêmica, estudos científicos e inúmeras contribuições para a botânica, biologia, fauna, flora, Amazônia, a evolução humana e a relação com o meio ambiente, o Parque, que é a parte do Museu com maior contato com o público e a sociedade, possui 127 anos. Já a instituição existe há 157 anos, uma das mais duradouras do Brasil e que possui a maior coleção catalogada de itens histórico-científicos do país, com mais de 4 milhões de obejtos que corroboram para áreas do conhecimento como antropologia, história, botânica, biologia, genética, arqueologia, geologia, entre outras.
O espaço do Parque na capital paraense é quase um santuário de conservação e cuidado de várias espécies de animais, fungos, vegetais, mesmo em meio á problemas como redução de pessoal e recursos para a manutenção das atividades e estruturas da instituição Emílio Goeldi, no século 21, de acordo com a administração do espaço, foram descobertas mais de 800 espécies, a partir do trabalho de pesquisadores e curadores que colaboram com o Museu.
O parque e jardim botânico, no coração de Belém tem cerca de 5.2 milhões de hectares, e quem passeia pelo espaço pode sentir a temperatura reduzir cerca de 3 graus, além de se aproximar da natureza, dos animais e da ancestralidade e memória que o espaço guarda.
HISTÓRICO RECENTE
Segundo a coordenadora de comunicação e extensão do Museu Emílio Goeldi, Maria Emília Sales, os últimos quatro anos de relação com o governo federal na gestão Bolsonaro foram de instabilidade.
“A palavra é instabilidade que define a relação do museu com o governo Bolsonaro, nos últimos quatro anos, que não valorizava a ciência e a pesquisa. Nosso pesquisadores viviam com a incerteza se iriam ou não receber. O Goeldi vivia com a incerteza de que iria ou não pagar funcionários e fornecedores. Foi complicado. Depois de quase fechar em 2017, tivemos a redução dos recursos, que caíram para R$ 10 milhões. Em 2018, melhorou e subiu para 15 milhões, que é o que temos hoje”, disse.
Atualmente, segundo Sales, outros problemas são manutenções no espaço e o corte de pessoal. “Precisamos realizar reformas emergenciais nas nossas estruturas que são espaços importantes e históricos. Além disso, estamos enfrentando a redução de pessoal, precisamos reforçar e contratar mais profissionais, pesquisaodres, curadores para os nosso espaços. Alguns estão fechados porque não tem funcionário para cuidar, por exemplo. Essas reformas e manutenções e o reforço do nosso pessoal é o que a gente precisa pensando na COP-30, com apoio dos nosso parceiros, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, governo do estado e prefeitura de Belém.”, ponderou.
De acordo com o diretor do Museu, Nilson Gabas Júnior, são necessários R$ 20 milhões para reformar os espaços da instituição. O Goeldi oferece seis cursos em linhas de pesquisa, divididos entre graduação e pós-graduação.
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