O Senado aprovou na terça-feira, 28, uma ampliação no número de membros da comissão que debate a crise Yanomami que está acontecendo em Roraima. Agora o colegiado ganhará mais 3 membros, totalizando 8 senadores.
A decisão veio após críticas de lideranças indígenas, afirmando que alguns dos membros da comissão que são a favor do garimpo e da legalização da atividade em Terras Indígenas (TI’s). Após as críticas de órgãos indigenistas, um requerimento foi apresentado pelos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Eliziane Gama (Cidadania-MA) para a aprovação da mudança.
O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, vai aguardar uma reunião com os atuais integrantes da pasta para receber as indicações e selecionar os novos membros da comissão.
PEDIDO DE AFASTAMENTOS
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a Hutukara Associação Yanomami (HAY), a Urihi Associação Yanomami (UAY) e o Conselho Indígena de Roraima (CIR) se manifestaram pedindo o afastamento dos senadores de Roraima Chico Rodrigues (PSB), Mecias de Jesus (Republicanos) e Hiran Gonçalves (PP).
No pedido enviado pelo Cimi, foi afirmado que a formação atual da comissão “mancha a imagem do Senado e do Congresso Nacional e os coloca na contramão do necessário esforço coletivo de todas as instituições democráticas para atender a gravíssima situação na Terra Indígena”.
Hiran Gonçalves se manifestou após o pedido, afirmando que nunca admitiu publicamente que é a favor do garimpo da maneira como foi retratado: “Eu sempre me manifestei, de uma maneira muito clara, que nós possamos discutir e criar um marco legal adequado para explorar nossas riquezas”, declarou.