A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) criticou, na última terça-feira, 18, o debate sobre aborto promovido no plenário do Senado e a encenação feita pela escritora Nyedja Gennari, na última segunda-feira, 17.
Thronicke desafiou Nyedja a fazer uma outra dramatização, a de um estupro: “Eu queria até o telefone, o contato daquela senhora que esteve aqui ontem, encenando aquilo que nós vimos. Sabe por quê? Porque eu quero ver ela encenando a filha, a neta, a mãe, a avó, a esposa de um parlamentar sendo estuprada. Eu quero que ela faça a encenação do estupro agora. Por que não? Se encenaram um homicídio aqui ontem, que encenem o estupro”, desafiou.
A parlamentar ainda afirmou que se posiciona contra o aborto, porém defendeu que o Estado é laico e que o aborto é legalizado: “A bancada feminina [do Senado] é a favor da vida e o aborto é proibido no nosso país, com três exceções dificílimas: o feto anencéfalo, risco de morte da mãe e o estupro. E não é obrigada a abortar quem foi estuprada e por acaso engravidou. Vai quem quer, de acordo com a sua fé, com a sua consciência. Por quê? Porque o Estado é laico”, declarou.
VEJA O VÍDEO:
CRÍTICA
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) criticou, na última terça-feira, 18, o debate sobre aborto promovido no plenário do Senado e a encenação de um procedimento de assistolia fetal, feita pela escritora Nyedja Gennari, na última segunda-feira, 17.
📹: Reprodução pic.twitter.com/wlwCdh1aEn
— BT Mais (@belemtransito) June 19, 2024
A ENCENAÇÃO NO SENADO
A escritora Nyedja Gennari encenou, durante a sessão promovida pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), como seria um feto gritando durante um procedimento de “assistolia fetal”- que é um procedimento de interrupção da gravidez nos casos de aborto legal.
A assistolia fetal consiste em uma injeção de produtos químicos no feto para evitar que se nasça com sinais vitais. A prática é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
PL DO ABORTO
O Projeto de Lei 1904 altera o código penal e equipara o crime de aborto a homicídio simples, Dessa maneira, um mulher que abrotar após o período de 22 semanas de gestação, pode pegar uma pena de até 20 anos, bem maior que a de um estuprador que pode chegar a apenas 12 anos.
