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STF decide hoje quem ocupará o cargo deixado pela cassação de Dalagnol

Os ministros têm até às 23h59 desta sexta (9) para votar em modalidade virtual se a decisão do ministro Dias Toffoli se manterá

Brasília (DF) 11/04/2023 Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou hoje, 09, de forma virtual, o julgamento para decidir quem assumirá o mandato deixado deixado vago na Câmara pela cassação do ex-procurador da República, Deltan Dallagnol (Podemos-PR).  

O plenário do STF decidirá em sessão virtual quem assumirá o mandato deixado deixado vago na Câmara pelo ex-procurador Deltan Dallagnol — Foto: Reprodução

A sessão virtual, que julgará se a decisão de Toffoli se manterá, deve durar 24 horas. Até o momento, além do ministro confirmando sua própria liminar, votou também o presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Ele seguiu o relator.  

O entendimento de Toffoli e Moraes é de que, no caso específico, a cassação de Dallagnol se deu por indeferimento do registro de candidatura, razão pela qual os mais de 344 mil votos recebidos por ele, em vez de serem desconsiderados, devem ser contabilizados para a legenda do ex-procurador, o “Podemos”.

Com isso, tornou-se “desnecessária a realização de nova totalização de votos”, o que impede o encaminhamento da vaga a outro partido. “Ou seja, a vaga conquistada pela agremiação deve ser preenchida por suplente mais votado sob a mesma legenda, independente de votação nominal mínima, no caso, Luiz Carlos Jorge Hauly”, escreveu Moraes.  

Os demais ministros do Supremo têm até as 23h59 desta sexta (9) para votar. Na modalidade virtual, os votos são registrados no sistema do STF sem que haja deliberação presencial ou por videoconferência.  

O caso foi parar no Supremo depois que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) decidiu dar a vaga ao PL (Partido Liberal). Foi compreendido que nenhum outro candidato do “Podemos” atingiu número de votos mínimo exigido pela legislação eleitoral (10% do quociente eleitoral).   

Na última quarta-feira, 7 de junho, o ministro Dias Toffoli, relator, concedeu uma liminar (decisão provisória) a pedido do Podemos e autorizou a posse imediata do primeiro suplente do partido, Luiz Carlos Jorge Hauly, que recebeu pouco mais de 11 mil votos nas eleições proporcionais de 2022.