A cidade de Araucária, no Paraná, vem se transformando em um modelo bem sucedido de funcionamento no serviço de transporte público à população, especialmente, atrelado ao mecanismo de subsídio ao setor, que resultou em bons resultados: a tarifa repassada aos passageiros teve mais uma redução, a oitava em 2023, caindo de R$ 1,50, para R$ 1,25, em março.
Em 2022, a tarifa na cidade fechou o ano no valor de R$ 1,95. O valor da passagem vem caindo desde 2018, quando chegou a custar R$ 4,25.
A prefeitura da cidade disse em nota que o “objetivo é ampliar o acesso ao transporte coletivo, de forma que o serviço “contribua cada vez mais para o desenvolvimento social e econômico do município”. Não só o valor, mas os usuários também usufruem de outras benesses, como wi-fi nos veículos e o acesso livre ao sistema metropolitano de transporte de Curitiba, nos terminais de integração da cidade. Aos domingos, o transporte é gratuito mediante o uso do cartão municipal.
Outro ponto positivo neste cenário é que a frota de ônibus na cidade saltou de 88 veículos para 95.
E BELÉM?
O exemplo da cidade paranaense é apenas um sonho para os cerca de 650 mil usuários do serviço em Belém. O edital que visa selecionar novas empresas para oferecer e aperfeiçoar o transporte na capital será relançado pela terceira fez depois de dois lançamentos desertos que não obtiveram empresas interessadas.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) a falta viabilidade financeira ao contrato e, também, o apoio financeiro do poder público através dos subsídios e desonerações -que fariam diminuir o valor da passagem para o usuário, mas sem comprometer a qualidade do serviço e pode ser a estratégia para atrair empresas interessadas – faz com que o cenário na capital paraense não mude.
O último edital lançado, em fevereiro de 2023, previa gastos na ordem de R$2,8 bilhões a ser feito pelas empresas vencedoras. Entretanto, pela segunda vez, não houve interessados.