No último domingo (27), ocorreu a mais recente oposição planetária de Saturno, um fenômeno que possibilitou aos entusiastas visualizarem o planeta a olho nu. Mas as observações astronômicas de agosto ainda não acabaram: nesta quarta-feira (30), será possível visualizar a maior e mais brilhante Lua do ano de 2023. O evento é conhecido como superlua azul.
Apesar do nome interessante, o evento não apresentará nenhum tipo de cor azul, mas uma brilhante luz laranja, amarela e branca. Na realidade, o nome foi escolhido por que se trata da segunda lua cheia de agosto; uma lua azul acontece sempre que ocorrem duas luas cheias em um mesmo mês – a outra aconteceu no dia 1 de agosto.
De fato, a superlua azul chegará ao seu ponto mais próximo em relação à Terra no dia 30 de agosto, às 22h36 (horário de Brasília) – a aproximadamente 357.181 km de distância. É importante lembrar que todo mês, em um evento conhecido como Perigeu, a Lua atinge um ponto em que está mais próxima da Terra, mas esse evento mostrará uma das maiores e mais brilhantes fases da Lua em 2023.
“O planeta Saturno, a poucos dias do seu ponto mais próximo e mais brilhante do ano, aparecerá perto da Lua. Quando o crepúsculo da noite terminar, Saturno estará 5 graus no canto superior direito da Lua e parecerá girar no sentido horário ao redor da Lua à medida que a noite avança. A Lua aparecerá cheia por 3 dias próximo ao pico da Lua cheia, de terça à noite até sexta de manhã. Esta será uma superlua azul”, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) explica em comunicado.
Superlua azul em agosto
Apesar de ser um evento significativo, a variação da superlua azul não é tão significativa; o satélite natural será, no máximo, 14% maior que um evento comum de lua cheia. A visualização do fenômeno também dependerá das condições meteorológicas do local onde será realizada a observação.
Com o perigeu da Lua, também deve ocorrer uma grande variação das marés, causando marés muito mais fracas e outras muito fortes. Esse tipo de maré é chamada de maré viva perigeana – as marés vivas ocorrem todos os meses quando a Lua está cheia e nova.
“Tradicionalmente, a definição de lua azul é a terceira lua cheia em uma estação astronômica contendo quatro luas cheias. Esta é a definição mais complicada para as pessoas que usam o calendário padrão, já que as estações astronômicas começam e terminam nos equinócios e solstícios (por exemplo, a estação de inverno começa no solstício de inverno e termina no equinócio de primavera, a estação de primavera começa no equinócio de primavera) e termina no solstício de verão e assim por diante)”, explica uma publicação do Royal Museums Greenwich.
Com informações do Tecmundo