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Estudante de medicina veterinária oferece serviço de eutanásia em animais ilegalmente em Belém

Uma denúncia feita na página @diariodeumveterinario, nas redes sociais, mostra que um estudante do curso de Medicina Veterinária em Belém oferece ilegalmente o serviço de eutanásia em animais, além de fazer diagnósticos via Whatsapp.

Em uma publicação feita em um grupo do Facebook, o jovem oferece abertamente os serviços para os quais não é certificado. “Fazemos consultas de graça única coisa que cobramos é nosso traslado”, diz o acadêmico. A publicação diz ainda que “tem outro médico veterinário”, que faz os serviços com ele. “Fazemos eutanásia em animais que estão muito doente ou que sofreram acidente”, revela o suspeito.

Publicação no Facebook onde o suspeito oferece ilegalmente os serviços. Imagem/Reprodução

A página também denunciou uma troca de mensagens que seria de um “diagnóstico” feito pelo jovem, exercendo a profissão de médico veterinário ilegalmente. Por mensagem, com base em fotos, ele afirma que o cão está com cinomose. “Tá com cinomose.Não tem jeito, só sacrificando”, diz as mensagens. Então ele se oferece para eutanasiar o animal. “Eu cobro 150 pra sacrificar. Com material e tudo. Eu vou no local”, diz. 

Troca de mensagens no Whatsapp entre o suspeito e um tutor. Imagem/Reprodução

Em resposta, o tutor do cachorro questiona, abalado, se não poderia levar o animal até a clínica para ter o serviço. “Oq vou fazer com o corpo dele. Meu Deus que sofrimento. Não pode fazer na sua clínica?”, pergunta o cliente. “N temos clínica sou estagiário” respondeu o suspeito. “Achei que fosse veterinário”, diz o tutor.

Troca de mensagens no Whatsapp entre o suspeito e um tutor. Imagem/Reprodução

Conselho Regional emite nota

O caso foi denunciado ao Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PA), que emitiu nota dizendo que tomou conhecimento do caso do “suposto aluno de medicina veterinária de Belém que vem ofertando serviços veterinários por meio das redes sociais”. O órgão disse que “já está tomando as devidas medidas legais cabíveis sobre o ocorrido” e solicitou esclarecimentos à instituição de ensino superior onde o aluno estuda. 

Ainda na nota, o Conselho esclareceu que pessoas que não possuem diploma de médico veterinário não são passíveis de fiscalização do órgão, mas que repudia atos de maus-tratos contra os animais. 

Defesa

A defesa do estudante emitiu uma nota sobre o ocorrido. O documento diz que o acadêmico “jamais teve a intenção de exercer ilegalmente a profissão de Médico Veterinário” e que ele estava atuando como “estagiário sob supervisão de um profissional habilitado”. 

Os advogados dizem ainda que “em nenhum momento foi fornecido serviços que enaltecessem eutanásia de pessoas humanas, o que foi oferecido, portanto, foi um serviço de apoio para animais que estavam em estágio terminal”. A nota afirma que as acusações contra o jovem são inverídicas.