A prisão do brasileiro Daniel Alves na Espanha segue ganhando desdobramentos desde a última sexta-feira, 20, dia que o jogador foi até uma delegacia de Barcelona e saiu de lá detido após uma acusação de agressão sexual contra uma jovem de 23 anos. O caso teria ocorrido no dia 30 de dezembro de 2022, em uma boate da Catalunha.
Na segunda-feira, 23, Alves já havia sido transferido do presídio Brians 1 para o Brians 2, que fica a cerca de 40 quilômetros de Barcelona. Segundo a polícia da Catalunha, a medida foi uma forma de prevenção e segurança do jogador, que é muito conhecido na região catalã por ser ex-jogador do Barcelona.
Ainda na segunda, novas evidências começaram a ganhar notoriedade na imprensa mundial. Uma delas diz respeito a uma das tantas tatuagens presentes no corpo do jogador.
A TATUAGEM
Segundo o jornal espanhol “El Mundo”, um dos maiores da Espanha, uma tatuagem de meia-lua foi uma das contradições que levaram a juíza do caso a pedir a prisão de Daniel Alves sem direito de sentença.
De acordo com o veículo, no depoimento para a juíza, a vítima contou que no momento em que Daniel tentou forçá-la a fazer sexo oral nele, ela pôde ver uma tatuagem de meia-lua no abdômen do brasileiro. Ao ser questionado sobre o desenho no corpo, o lateral-direito apresentou duas versões para a história:
- 1ª versão: Daniel confirmou que tem uma tatuagem de meia-lua no abdômen, mas disse que foi a denunciante que o atacou enquanto ele estava sentado no vaso sanitário.
A primeira versão foi rapidamente rebatida pela juíza, que afirmou que a vítima não teria como ter visto a tatuagem nesse cenário, uma vez que o jogador estaria com a camisa abaixada. Foi então que o brasileiro apresentou sua segunda versão:
- 2ª versão: Daniel declarou que se levantou quando a jovem entrou no banheiro e que, por isso, ela pôde ver a tatuagem que fica localizada em uma parte do abdômen próxima à cintura. Foi nesta versão que o jogador afirmou que a relação sexual entre os dois foi consentida.
TESTEMUNHA
Em novo depoimento sobre o caso, uma amiga da vítima foi escutada pela juíza do caso. Na ocasião, essa amiga, que também estava na boate no momento da suposta agressão sexual, disse ter sido “violentamente apalpada” por Daniel Alves. A testemunha afirmou que o brasileiro passou as mãos em suas partes íntimas e só parou quando ela conseguiu se desvencilhar e sair de perto do jogador.
De acordo com o jornal espanhol “La Vanguardia”, o depoimento da testemunha corrobora o que a vítima disse à juíza. Isto porque, também em depoimento, a jovem de 23 anos afirmou ter visto Daniel Alves abordar uma amiga e uma prima que estavam presentes no local.
NOVO ADVOGADO
Nesta terça-feira, 24, a defesa de Daniel Alves contratou um novo advogado. Trata-se de Cristóbal Martell, especialista em direito penal e fundador do escritório Martell Advogados.
Martell foi o advogado que defendeu o Barcelona na disputa judicial contra Neymar, que se arrastou por alguns anos após a saída do brasileiro do time espanhol. Ele vai compartilhar a defesa do jogador brasileiro com Miraida Puente Wilson.
É esperado que a defesa do brasileiro apresente, ainda nesta terça-feira, recurso diante da Audiência de Barcelona para que o brasileiro possa responder em liberdade.
