A guerra começou? Nesta segunda-feira, dia 19, começou pré-venda de ingressos para os tão aguardados shows extras de Taylor Swift em São Paulo e no Rio de Janeiro. Após incontáveis reclamações de fãs da cantora, contra cambistas que esgotaram os ingressos das duas primeiras apresentações da loirinha no Brasil, iniciou-se com uma operação da Polícia Civil para combater a atuação de cambistas na fila de compra. A ação contou com a presença do deputado federal Celso Russomanno, do Republicanos. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
Durante a operação ocorrida em São Paulo, aproximadamente 30 suspeitos foram detidos pela Polícia Civil e encaminhados à Primeira Delegacia do Consumidor para prestar depoimento, enquanto eram aplaudidos pelos fãs presentes na fila. Inicialmente, os policiais removeram da fila aqueles que não possuíam o cartão do C6 Bank, uma vez que os clientes dessa instituição eram os únicos autorizados a adquirir os ingressos na pré-venda.
Em seguida, os agentes questionaram as pessoas que não tinham o mesmo nome registrado no RG e no cartão de crédito apresentado. Alguns cambistas confessaram aos policiais que recebiam R$ 100 por dia para comprar os ingressos.
No domingo à noite, a produtora T4F, responsável pela venda de ingressos para os shows de Taylor Swift, se manifestou nas redes sociais após receber críticas em relação à organização da venda de tíquetes. A empresa anunciou que aumentaria a fiscalização contra cambistas, após realizar reuniões com a Polícia Civil.
Já o deputado federal pelo estado de São Paulo, Celso Russomanno, que também esteve no local, é repórter, especializado em direito do consumidor e é conhecido na mídia por suas aparições falando do assunto, além de receber denúncias contra empresas em seu site.
Um grupo de fãs revelou que eles ficaram acampados por uma semana em frente ao Allianz Parque, mas não tiveram sucesso na compra de ingressos para os primeiros shows anunciados da loirinha no Brasil. O delegado da Primeira Delegacia do Consumidor, Paulo Alberto Mendes Pereira, afirmou que o objetivo da operação era impedir a revenda dos ingressos a preços elevados e identificar os responsáveis pelo cambismo, uma prática configurada como crime contra a economia popular.
“Muitas pessoas estão aqui com cartões em nome de terceiros e senhas anotadas. Quando perguntamos sobre o proprietário do cartão ou para quem são os ingressos, elas não sabem informar. Nesses casos, estamos encaminhando-os para a delegacia para prestar depoimento e apreendermos o cartão”, declarou o delegado. Os suspeitos serão liberados posteriormente.
O delegado ressaltou que a polícia agirá com cautela para evitar injustiças. “Recebemos reclamações de pessoas que não conseguiram comprar ingressos, mesmo havendo uma quantidade disponível que garantiria a compra”, afirmou o diretor de fiscalização do Procon-SP, Marcelo Pagotte para a imprensa.
INVESTIGAÇÃO DO PROCON:
O Procon de São Paulo e o do Rio de Janeiro notificaram a empresa responsável, a Tickets for Fun, após uma enxurrada de reclamações. O Procon-SP pediu explicações do porquê dos ingressos terem se esgotado tão rapidamente, mas continuarem sendo anunciados no site e estando disponíveis em sites paralelos em uma enorme quantidade. O Procon-RJ questionou como os números da fila foram organizados e quais esquemas foram utilizados para coibir a compra para revenda (via Infomoney).
Os shows de Taylor Swift estão programados para o Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro, seguidos por apresentações em São Paulo nos dias 24, 25 e 26 do mesmo mês.