Na terça-feira, 16, Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, foi surpreendida por uma chuva intensa que paralisou a cidade. Esta tempestade representou o maior volume de chuva em pelo menos 75 anos na região.
Em menos de 48 horas, a cidade registrou impressionantes 142 milímetros de chuva, um volume significativamente superior à média anual esperada, que é de 94,7 milímetros.
Impacto nas ruas de Dubai
Nesta quarta-feira, 17, dia seguinte ao caos, ainda era possível ver dezenas de carros abandonados em amplas avenidas de Dubai, submersos pelas águas.
De acordo com a agência de notícias estatal WAM, a cidade experimentou um “evento climático histórico” que superou todos os registros documentados desde o início da série histórica em 1949.
Entretanto, as causas dessa tempestade incomum ainda são desconhecidas. Uma possível explicação, sugerida pela agência de notícias Associated Press, é uma “semeadura de nuvens” mal calculada.
‘Cloud Seeding’ nos Emirados Árabes Unidos
O governo dos Emirados Árabes Unidos realiza regularmente voos de “semeadura de nuvens”, também conhecido como “Cloud Seeding”, uma técnica que consiste em bombardear nuvens com produtos químicos específicos, como iodeto de prata ou gelo seco, com o objetivo de provocar chuvas e aumentar a oferta de água na região desértica.
Isto é feito porque os Emirados Árabes Unidos dependem em grande parte de usinas de dessalinização para obter água potável, um processo caro e que consome muita energia. Por isso, ocasionalmente o país recorre à semeadura de nuvens para aumentar a presença de água no subsolo.
Inconsistências nos Registros
Apesar dos relatos de voos de “semeadura de chuvas” realizados antes das tempestades, o Centro Nacional de Meteorologia não confirmou oficialmente essas operações. Autoridades do governo afirmaram que não houve voos desse tipo na terça-feira, deixando dúvidas sobre a correlação entre a semeadura de nuvens e a tempestade histórica.
