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Terremotos na Turquia e Síria já provocou 11 mil mortes; outros cinco países registraram tremores

Milhares de pessoas ainda seguem desaparecidas desde segunda, 6. Mais de 40 horas após o tremor, o pior em mais de 80 anos na região. Presidente turco admite demora para o socorro às vítimas. Ajuda humanitária e equipes de socorristas chegam de vários países.

Um avassalador terremeto de magnitude 7,8 atingiu a Túrquia e Síria fortemente, ocasioando um rastro de muita destruição, pânico, tristeza e famílias desoladas. Já são mais de 11 mil mortes desde a última segunda-feira, 6, quando a castátrofe ocorreu no sudoeste da Turquia, na fronteira com a Síria.

Milhares de pessoas seguem desaparecidas devido o difícil e desgastante trabalho de resgate em em meio aos escombros. O terremoto também foi sentido no Chipre, Jordânia, Líbano, Iraque e Armênia.

Mais de 100 abalos secundários foram sentidos e registrados. Outras 50.000 pessoas estão feridas. Terremoto na região foi o mais forte desde 1939. Temperaturas frias e a quantidade de prédios destruídos dificulta o regaste, tanto na Turquia, quanto na Síria.

O governo turco declarou estado de emergência por três meses em 10 cidades atingidas pelos abalos.

MILHÕES AFETADOS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que cerca de 23 milhões de pessoas podem ser afetadas pelo forte terremoto que atingiu a Síria e a Turquia na segunda-feira, 6, deixando mais de 11.000 mortos. Esse número pode ser oito vezes maior, segundo a OMS.

Terremoto deixou muitas vítimas e destruição, espécialmente na Turquia e Síria. Imagem: Reprodução.

“Os mapas gerais de eventos mostram que potencialmente 23 milhões de pessoas estão expostas, incluindo cerca de 5 milhões de populações vulneráveis, sendo mais de 350.000 idosos e 1,4 milhão de crianças”, disse o oficial sênior de emergências da OMS, Adelheid Marschang, à reunião do conselho-executivo da agência de saúde das Nações Unidas (ONU) em Genebra.

O chefe da OMS expressou sua preocupação com a situação, chamando-a de “corrida contra o tempo”.

“Estamos especialmente preocupados com as áreas onde ainda não temos informações”, disse Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS. “O mapeamento de danos é uma maneira de entender onde precisamos focar nossa atenção”.

AJUDA

Equipes médicas de emergência e apoio humanitário serão enviados aos países. O Escritório da organização para o Mediterrâneo Oriental também afirmou que a OMS está mobilizando especialistas e suprimentos que serão encaminhados aos 2 países.

A União Europeia disse que mobilizou, com urgência, mais de 10 equipes de busca e resgate da Bulgária, Croácia, República Tcheca, França, Holanda, Polônia e Romênia para a Turquia. A jornalistas, o bloco também afirmou que Itália, Hungria, Espanha, Malta e Eslováquia também ofereceram assistência. Além disso, a UE também ativou seu sistema de satélites Copernicus para apoiar os esforços turcos no mapeamento do terremoto e suas consequências.

A Rússia anunciou ajuda à Síria. Segundo comunicado do Ministério da Defesa, o ministro Sergei Shoigu ordenou que as tropas russas na região devem prestar assistência. Serão distribuídos kits de alimentos e itens essenciais. Militares também ajudarão na remoção de escombros, busca de vítimas e assistência médica.

O governo de Israel disse que enviará a ajuda humanitária à Turquia. Também ajudará a Síria a pedido da Rússia. Israel e Síria são países em guerra há décadas e não têm relações diplomáticas.

A Índia mandou médicos, equipes de busca e resgate e material de socorro para ajudar na resposta da Turquia. Por fim, a Ucrânia disse que “está pronta para enviar um grande grupo de equipes de resgate” para a Turquia. “Estamos trabalhando em estreita colaboração com o lado turco”, disse o ministro das Relações Exteriores do país, Dmytro Kuleba, em publicação no Twitter.

TERREMOTO

Os abalados duraram cerca de um minuto e meio e teve um alcance de aproximadamente 250 quilômetros atingindo centenas de cidades. O epicentro aconteceu a 10 quilômetros da superficie, distância considerada muito baixa por especialistas.

Não há registro de vítimas no Chipre, Israel e Líbano, onde os abalos também foram sentidos.

*Com informações de CNN Brasil, G1 e Poder 360.