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Tiro que matou policial militar em ocorrência em Cametá teria partido de tenente e não de ‘piratas’

Na tarde de terça-feira, 20, o policial militar Edileno Américo Viana, de 36 anos, que atendia uma ocorrência de roubo cometido por ‘piratas’, morreu atingido com um tiro na cabeça. Hoje, 22, uma nova versão vem ganhando força: de que o tiro que matou o militar não teria partido dos ‘piratas’, e sim da arma de um tenente da Polícia Militar, que também atuou no combate aos suspeitos.

Sobre este novo desdobramento do caso, o BT conversou com o promotor de Justiça Militar em Belém, Armando Brasil, que afirmou que tomou conhecimento dessa nova informação e que será aberta uma investigação preliminar.

“Essa nova informação está chegando do Batalhão da Polícia Militar de Cametá, de que o tenente, de nome Castro, teria agido de forma precipitada e atirou atingindo a nuca do soldado Américo. Estamos colhendo essas informações e podemos converter a investigação para um inquérito policial militar para descobrir a verdade. Também vamos entrar em contato com o Ministério Público, Corregedoria da PM e com a Polícia Científica e investigar”, contou Brasil.

De acordo com o promotor, se confirmada a veracidade desta versão da autoria do disparo que tirou a vida do soldado Américo, o tenente pode responder na Justiça militar por homicídio culposo ou doloso, sendo desligado da corporação e da instituição Polícia Militar, além de pena de 8 anos de prisão. O inquérito policial militar leva cerca de 40 dias para ser concluído.

Os dois ‘piratas’ teriam furtado um estabelecimento próximo da orla de Cametá e fugido em uma rabeta, sendo encontrados em seguida e mortos por outro agentes da PM, que alegaram troca de tiros, que resultou na morte dos acusados e do policial Américo.

Sobre o caso o BT entrou em contato com a Polícia Militar. Em resposta, a PM disse que o caso está nas mãos da Polícia Civil. Por sua vez, a PC apenas disse que o caso é investigado sob sigilo.

Veja a nota na íntegra:

“A Polícia Civil informa que o caso é investigado sob sigilo pela delegacia de Cametá”.