Muitos torcedores do Remo que pagaram para assistir ao jogo do clube azulino no duelo pelo de ida da Copa do Brasil contra o Corinthians ficaram do lado de fora do estádio e passararam por transtornos frustração e prejuízo. Alguns torcedores pagaram cerca de R$ 200 pelo bilhete. Segundo relatos, a Polícia Militar e Secretaria de Esporte e Lazer impediram o acesso. O público total dentro do estádio foi superior a 42 mil pessoas.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o transtorno que foi. Em dado momento as catracas deixaram de funcionar e os torcedores passaram por baixo:
Um dos casos mais comoventes foi o relato de um pai e uma mãe que tinham o desejo e realizar o sonho do filho autista em ver o time de coração, mas a expectativa se transformou em frustação e prejuízo.
No início do segundo tempo, os portões foram abertos e alguns torcedores conseguiram entrar. Segundo outros relatos, a catraca teria dado problema e muitas pessoas entraram no estádio sem que o ingresso fosse registrado.
“A carga de ingressos que foi vendido hoje foi abaixo da lotação do estádio. A decisão de fechar os portões não partiu do clube, nós não concordamos com isso. Registramos um boletim de ocorrência e pedimos para a Polícia Civil apurar o ocorrido. Ficamos muito tristes e chateados porque o nosso torcedor e os torcedores do corinthias que compraram ingresso tiveram o seu direito de entrar no estádio cerceado e queremos um expliçaõa para isso”, disse o presidente do remo, Fábio Bentes.
De acordo com o mandatário azulino, alguns torcedores do corinthins ocuparam um setor da arquibancada que não estava previsto sem a concordância do clube paraense.
O Remo soltou uma nota oficial a respeito do problema: “O Rei da Amazônia destaca que em nenhum momento proibiu a entrada de torcedores ou mandou que os portões de acesso ao Estádio fossem fechados, de fato, essa determinação jamais partiu do Clube do Remo”, afirmou.
Tmbém em nota, a Imply, responsável pelas catracas do Mangueirão, informou que “a operação da venda de ingressos para o jogo entre Remo e Corinthians não foi feita pela empresa. A Imply não recebeu solicitação de suporte técnico para o controle de acessos deste evento, mas permanece à disposição do Estádio Mangueirão, da Federação Paraense de Futebol, Secretaria e Clubes para qualquer necessidade de suporte.”
ASSISTÊNCIA
A Defensoria Pública do Pará lançou uma inicitiva para promover assistência jurídica aos torcedores que compraram ingresso para assitir à partida, mas que foram impedidos de adentrar no estádio. “Sabendo do acontecido, e cumprindo o seu papel constitucional de prestar assistência jurídica aos consumidores hipossuficientes do nosso Estado, a Defensoria Pública do Pará, por meio do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), disponibiliza um canal de atendimento para aqueles que se sentiram prejudicados e desejam pleitear ressarcimento. Para solicitar atendimento, entre em contato pelo WhatsApp (91) 9342-2925. A DPE-PA segue firme no compromisso de garantir os direitos dos mais vulneráveis, aproximando-os da justiça”, informou a instituição.
O BT entrou em contato com a Secretaria de esporte e lazer e as polícias Civil e Militar sobre o caso e aguarda retorno.
Confira a nota completa:
“O Clube do Remo vem a público trazer a verdade acerca dos fatos lamentáveis ocorridos durante o jogo a última quarta-feira (12) contra o Corinthians, válido pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil.
Ocorre que, como é de conhecimento público e foi amplamente divulgado em nossas redes sociais e pela grande mídia do estado, os ingressos para o jogo foram vendidos de acordo com a setorização do Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, respeitando a capacidade da praça esportiva e conforme a legislação em vigor.
O Clube ressalta que em nenhuma de suas comunicações, assim como nenhum agente de seu corpo diretivo e/ou funcionários indicaram a arquibancada como espaço para a torcida visitante. Entretanto alguns minutos antes da partida houve a liberação deste setor para a torcida do Corinthians.
O Rei da Amazônia destaca que em nenhum momento proibiu a entrada de torcedores ou mandou que os portões de acesso ao Estádio fossem fechados, de fato, essa determinação jamais partiu do Clube do Remo. Diante dos fatos ocorridos o Clube registrou o boletim de ocorrência para que todos os fatos sejam devidamente apurados e, se for o caso, os responsáveis respondam dentro dos limites da lei. O maior Clube da Amazônia solidariza-se com todos os torcedores que foram prejudicados e cobra veementemente um retorno dos órgãos competentes sobre os fatos. Não nos furtaremos a defender o direito de nossos torcedores e da torcida visitante.
O Clube informa também que na tarde desta quinta(13), haverá uma reunião interna entre representantes do Remo para buscar soluções para os torcedores prejudicados. Por fim, reiteramos que o Estádio conta com equipamento de monitoramento por câmeras, o que possibilita o entendimento e a elucidação de onde partiram as ordens de fechamento de portões, causando prejuízo aos torcedores“.
*Com informações de GE PARÁ.