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Torturado com cabo de vassoura e saco na cabeça; veja o relato do trabalhador agredido no DF

Wanderley Pimenta, 41 anos, nunca imaginou que um contrato de trabalho, assinado havia 12 dias, como vendedor em uma loja do Setor de Indústria de Taguatinga, se tornaria o maior trauma da sua vida. Na segunda-feira, 12, o homem sofreu uma série de torturas, por cerca de três horas, de seu patrão, que estava com outros dois funcionários. A motivação seria um suposto furto que a vítima teria praticado – Wanderley nega a acusação.

Ao jornal Metrópoles, o homem disse que soube da oportunidade de emprego por meio das redes sociais. Até então, o que parecia ser uma vaga de vendedor como qualquer outra virou um episódio traumático de violência. Segundo Wanderley, a confusão teve início após o patrão, identificado como Osmar Carvalho Correia, ter se recusado a adiantar o pagamento do salário.

“No dia anterior à tortura, ele me indagou o que eu precisava para fazer a barba, pois estava grande, e eu não podia trabalhar na frente da loja assim. Eu expliquei que tinha começado a trabalhar agora e não tinha condições de ir ao barbeiro ou dinheiro para comprar uma lâmina de barbear. Então, ele ficou de me adiantar um vale, mas depois negou”, conta Wanderley.

No mesmo dia, o funcionário conta que conversou com a esposa do patrão dele falando que iria levar uma furadeira e uma serra que estavam à venda na loja, e pediu que o valor dos materiais, em torno de R$ 600, fosse descontado do salário dele. Com a autorização da mulher, ele levou para casa os equipamentos.

O que ele não imaginava, era que, no dia seguinte, Osmar o acusaria de ter furtado os itens, quando começou a sessão de tortura que ele relata no vídeo. Ao ser preso, Osmar permaneceu em silêncio. A defesa dele não foi localizada.

Veja o depoimento:

*Com informações de Metrópoles