Reconhecida como patrimônio imaterial paraense pela por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Dphac), a festividade de Corpus Christi, em Capanema, no nordeste paraense, tomou as ruas da cidade, na manhã nesta quinta, 8 de junho.
O governador Helder Barbalho acompanhou o encerramento da principal procissão, em frente à Igreja Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
“Essa titulação é um reconhecimento à memória, à grandeza, à história e à referência que é essa festividade para a comunidade católica e para todos os paraenses. Festejo poder mais um ano prestigiar, agradecer pelas graças alcançadas e pedir proteção ao povo do Pará, para que decisões tomadas sejam acertadas. Esta não é qualquer procissão”, declarou o governador.
A celebração de Corpus Christi no município é caracterizada pela elaboração do tapete, em areia e serraria, em homenagem ao corpo e sangue de Cristo. Esse ano, a celebração tem como tema “Eucaristia fonte de vida que gera Vocação para o Reino” e lema “A missão que faz nascer o amor”.
Depois da missa campal realizada pelo bispo diocesano de Castanhal, D. Carlos Verzelett, em frente à igreja matriz do Perpétuo Socorro, o religioso guiou os fiéis em procissão, passando pelos 1.300 metros de tapetes confeccionados com inspiração no tema deste ano.
Prefeito de Capanema, Chico Neto, lembrou que o governador todos os anos prestigia e apoia a festividade. “Nossa festa é reconhecida e celebrada pelo estado e pelo Brasil. Um momento único de devoção que também mistura cultura, talento e beleza”, destacou.
Silvana Ferreira mora em Belém mas todo ano vai a Capanema trabalhar vendendo artigos religiosos durante a procissão de Corpus Christi. Tão logo o governador chegou e desceu do carro, ela correu para colocar uma pequena medalha em sua camiseta, que ele aceitou na mesma hora. “O Corpus Christi daqui é puro, único, não se compara a nenhum outro. Todos os anos encontro o governador e sempre faço questão de colocar uma ‘medalhinha’ na camiseta dele!”, contou.
Reconhecimento – Em junho de 2022, o Governo do Pará, por meio da Secult e Dphac, instituiu o reconhecimento da festividade como Patrimônio Imaterial paraense. Realizada há 47 anos, a festa é uma das celebrações religiosas mais importantes do Estado.
A iniciativa foi o primeiro registro de Bem Imaterial feito integralmente pelo Executivo, por meio da Lei 1.852/2009. De acordo com a diretora do Dphac, Karina Moriya, o processo incluiu um dossiê feito pela equipe do Departamento, que verificou a história, a importância e a cultura que esse bem representa. A partir do documento será executado o planejamento das ações de salvaguarda.
*Com informações de Agência Pará