O porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tarik Jasarevic, disse nesta terça-feira, 21, que lamenta a decisão do presidente americano, Donald Trump, em retirar os Estados Unidos da agência global da saúde e espera que ele reconsidere e mude de ideia.
“Esperamos que os EUA reconsiderem, e realmente esperamos que haja um diálogo construtivo para o benefício de todos, para os americanos, mas também para as pessoas ao redor do mundo”, disse o porta-voz.
No dia de sua posse como 47° presidente dos Estados Unidos, ontem, 20, Trump anunciou a saída do país da OMS. Ele também retirou os EUA do Acordo de Paris.
O governo de Trump se retirou formalmente da organização em julho de 2020, enquanto a pandemia de Covid-19 se espalhava pelo mundo.
O texto da ordem executiva cita a “má gestão da pandemia de COVID-19 pela organização que surgiu de Wuhan, China e outras crises globais de saúde, sua falha em adotar reformas urgentemente necessárias e sua incapacidade de demonstrar independência da influência política inapropriada dos estados-membros da OMS”, como razões para a retirada.
ACORDO DO CLIMA DE PARIS
Trump já havia retirado os EUA do compromisso internacional seu primeiro mandato. Outro documento assinado na arena foi a determinação para enviar uma carta para a ONU explicando a decisão de se retirar do acordo. Trump disse enquanto assinava que o país deve “economizar cerca de um trilhão de dólares” com a medida.
Ele afirmou no domingo (19), que assinaria “perto de 100” ordens executivas. “Com a minha caneta, revogarei dezenas de ordens executivas e ações destrutivas e radicais do governo Biden e, a esta hora amanhã, todas serão nulas e sem efeito”, acrescentou.
As medidas variam e abordam diversos assuntos, desde imigração até energia e tarifas, por exemplo.
É um acordo internacional para combater as mudanças climáticas, e quase 200 países se comprometeram a manter o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius e, idealmente, abaixo de 1,5 graus.
Cada país é responsável por desenvolver seu próprio plano para manter o compromisso para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. A decisão de Trump coloca os Estados Unidos ao lado do Irã, Líbia e Iêmen como os únicos países do mundo fora do pacto de 2015.
Trump disse que “revogará quase 80 ações executivas destrutivas e radicais da administração anterior“. E acrescentou que “elas serão todas nulas dentro de – o que, cinco minutos”.
“E em seguida, para obter o controle imediato da vasta burocracia federal fora de controle, implementarei um congelamento imediato da regulamentação, que impedirá os burocratas de Biden de continuar a regulamentar”, afirmou o presidente.
“A maioria desses burocratas está sendo demitida. Eles se foram”, ele acrescentou no discurso na arena Capital One nesta segunda-feira (20). Trump também disse que vai emitir um congelamento temporário de contratação “para garantir que estamos contratando apenas pessoas competentes que são fiéis ao público americano. E vamos pausar a contratação de qualquer novo agente. Também vamos exigir que os trabalhadores federais devem voltar ao escritório pessoalmente.”