O corregedor-geral da Justiça Eleitoral e ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, deu três dias para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste sobre a minuta de decreto golpista encontrada na casa do ex-ministro da justiça Anderson Torres.
O documento, que foi considerado inconstitucional por juristas, foi incluído nos autos da ação que investiga a campanha do ex-chefe do Executivo.
O PDT apresentou a Gonçalves dois pedidos que visam usar a minuta para reforçar as acusações de abuso de poder por parte de Bolsonaro. O corregedor atendeu aos pedidos, e apontou que há uma “inequívoca correlação” entre as acusações feitas contra Bolsonaro durante a campanha eleitoral e a minuta.
A ação movida pelo PDT investiga o encontro de Bolsonaro com embaixadores do Palácio do Planalto, enquanto ainda era presidente da República. Na ocasião, Bolsonaro criticou e questionou a segurança das urnas eletrônicas, defendeu o voto impresso, atacou o ministro Edson Fachin, presidente do TSE.