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Um dia após fim da COP, 21 blocos para exploração de gás e petróleo na Amazônia serão ofertados em leilão

No próximo dia 13 de dezembro, um dia após  final da COP 28 ocorrerá um mega leilão da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), que pretende distribuir 602 novas áreas de exploração, incluindo 21 blocos na bacia do rio Amazonas.

A informação foi divulgada em reportagem do @infoamazonia, que revelou ainda que mais da metade deles (12 blocos) está localizada na área de impacto direto de pelo menos 20 terras indígenas e em zonas de amortecimento de ao menos 15 unidades de conservação, incluindo áreas de uso de territórios quilombolas demarcados. Os 21 poços se estendem da região central do Amazonas ao Pará

Nos blocos ofertados pela ANP, segundo o @infoamazonia, é necessário utilizar uma técnica que fratura rochas para extrair combustíveis líquidos e gasosos, o ‘fracking’. O uso do fracking é proibido em outras partes do mundo por conta do risco de contaminação de lençóis freáticos.

A reportagem revelou ainda que, entre os territórios que podem ser afetados pelos projetos previstos no leilão, estão terras indígenas ocupadas pelos povos Mura, Munduruku, Sateré-Mawé e Kaxuyana. Parte dos blocos engloba áreas na bacia do rio Madeira na região de Autazes, próximas a áreas onde já há impasses por uma tentativa de exploração de potássio em terras indígenas.

Áreas de proteção ambiental localizadas nas marges dos rios Negro, Madeira e Tapajós, como a Reserva Extrativista Arapiuns, também podem ser impactadas, assim como áreas de uso comum de comunidades quilombolas na Floresta Nacional de Saracá-Taquera, no Pará.

Com informações do infoamazonia