Dos mais de 1.200 ônibus que circulam todos os dias na região metropolitana de Belém, apenas 11 estão circulando, é o que afirma o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel).
Quem depende dos coletivos para circular encontrou dificuldades para chegar ao seu destino. Relatos de usuários dos ônibus afirmam que o transporte alternativo pode custar de R$5,00 até R$10,00 dependendo do destino.
Segundo o Setransbel, não há garantia por parte da Polícia de garantir a circulação dos 30% dos ônibus que deveriam estar rodando.
Recebemos imagens em que alguns trabalhadores impedem outros de circular.
Falamos com o Sindicato dos Rodoviários que negou existir impedimento por parte do sindicato para qualquer rodoviário trabalhar.
“O sindicato apoia a greve, mas os trabalhadores são livres para rodar se quiserem. O que acontece é que alguns donos de empresas de trasporte ameaçam os funcionários de demissão caso não aceitem trabalhar. Daí a confusão”. Diz o sindicato.
O Sindicato dos rodoviários afirma que até o momento, não recebeu nenhuma notificação da justiça sobre a necessidade de manter alguma porcentagem de ônibus rodando na capital.
Em nota o Setrasbel reafirmou que apenas 11 carros estão circulando. Veja a nota na íntegra:
“O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros, Setransbel, informa que existem mais de 150 linhas, com um total de 1.200 carros em operação na Região Metropolitana de Belém. Hoje, com a greve do rodoviários, cerca 750.000 passageiros estão sendo prejudicados.
Neste momento, apenas 11 carros estão circulando. Os rodoviários saíram das negociações, e fizeram greve sem o cumprir o aviso prévio de 72h que a lei determina e não colocaram a frota mínima de 30% por se tratar de uma atividade essencial. A greve prejudica trabalhadores indistintamente e agrava a situação agonizante das empresas.
Nos últimos 3 anos os salários e benefícios dos rodoviários receberam dois aumentos (5,07% em 2019 e 2,5% em 2020) totalizando 7,57% nos salários e mais 12,57% no Ticket Alimentação. Superior a revisão da tarifa que ocorreu uma vez em 3 anos e que não compensou os prejuízos que continuam se acumulando e hoje superam R$12.000.000,00 por mês.
O Setransbel reforça que segue aberto ao diálogo e acreditando que o bom senso deve prevalecer entre os rodoviários, para a continuidade dos serviços à população.”
