Parece piada, mas não é. Uma vereadora bolsonarista, conhecida como “Jessicão” (PP) fez barulho nas redes sociais ao criar um projeto de lei que quer proibir a venda de produtos alimentícios em formatos de órgãos sexuais em estabelecimentos comerciais do município de Londrina (PR).
A vereadora que se autodenomina como “Jessicão, a Opressora”, é conhecida por criticar o movimento LGBTQIA+, mesmo sendo uma mulher LGBTQUIA+. Ela diz que foi “eleita para defender a direita londrinense, todos que respeitam Deus, Pátria e Família!”.
Apoiadora de Bolsonaro (PL), a vereadora se posicionou contra o que classificou como “modinha vulgar” a erotização de alimentos.
A proposta prevê punições como advertência, multa de R$ 500 e até a suspensão do alvará de funcionamento para quem for flagrado vendendo os produtos.
A polêmica aconteceu depois da inauguração da segunda loja da famosa creperia portuguesa ‘La Putaria’ no Brasil. Sucesso na Europa, a marca inaugurou a mais nova franquia em Ipanema, no Rio, em abril e estimulou que empreendedores de todo o país seguissem seus passos com os doces bem humorados para pessoas igualmente bem humoradas.
A tentativa de censura viralizou nas redes sociais, direito a inúmeros memes sobre a proibição de alimentos em formatos fálicos.
Em inúmeras entrevistas, ela disse que não considera o Brasil um país homofóbico, mesmo que o relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), comprove que o Brasil ocupa o primeiro lugar nas Américas em quantidade de homicídios de pessoas LGBTs e também que o país é o líder em assassinato de pessoas trans em todo o mundo.