Após a repentina morte da cantora Nayara Vilela na última segunda-feira, 24, a Polícia Civil do Acre segue investigações para determinar se a artista tirou a própria vida ou foi vítima de um crime. A avaliação preliminar descartou a hipótese de feminicídio, mas, segundo o delegado Karlesso Nespoli, a investigação deve durar cerca de dez dias, com a provável conclusão do suicídio.
O marido de Nayara, Tarcísio Araújo, já foi ouvido, como testemunha do caso, que foi encaminhado à delegacia da 3ª Regional. Porém imagens de uma discussão do casal levam à hipótese de indução ao suicídio, o que configuraria violência doméstica, logo, o caso será investigado pela Delegacia da Mulher de Rio Branco (Deam).
“Nós já fizemos todas as diligências preliminares e urgentes, como perícia, coleta de imagens, vídeos que circularam, aparelho de celular e arma de fogo. Inicialmente, a DHPP e Deam descartaram o homicídio/feminicídio, mas pairou uma dúvida se esse suicídio, que possivelmente vai se confirmar, teve instigação ou induzimento por parte do marido dela. Então vai precisar ser feita uma análise no celular dela, analisar imagens de dentro da residência que nós coletamos. Estou devolvendo para a Deam, tendo em vista que, se caracterizar isso, é uma violência doméstica. O feminicídio está praticamente descartado, mas vamos aguardar o laudo conclusivo”, disse o delegado.
O corpo da cantora de 32 anos foi velado na quarta-feira, 26, na Capela Esperança, na cidade de Sena Madureira, interior do Acre, onde mora parte da família de Nayara. Até o momento, o Ministério Público do Acre (MP-AC) destacou três promotores de Justiça para acompanhar o caso.