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Votação sobre taxação de compras internacionais deve ser retomada nesta quarta, 5, no Senado

A votação no Senado Federal sobre a taxação de compras internacionais de até US$ 50 deverá ser retomada hoje, 5, após adiamento. A tributação seria levada a plenário na terça, 4, por estar incluída no Projeto de Lei do Mover, o programa de mobilidade sustentável do governo federal. 

A inclusão foi feita pela Câmara dos Deputados na semana passada, durante a aprovação do Mover. 

Mas, o relator do projeto no Senado Federal, o senador Rodrigo Cunha (PODEMOS/AL), não concordou com a modificação e apresentou um relatório sem a chamada tributação de 20% das blusinhas, além de outras mudanças.

O PROJETO DE TAXAÇÃO

Com as alterações, os senadores pediram mais tempo para avaliar o projeto e o jabuti; ou seja, a taxação das compras internacionais, incluída pelos deputados, e que não tem relação direta com o Mover. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), concordou com o pedido e adiou a análise. 

Ele comentou o relatório do senador Rodrigo Cunha, antes da sessão plenária. 

Taxação de compras internacionais voltam a ser pauta no Senado Federal hoje, 5.
Senado Federal em Brasília. Imagem reprodução: Ascom Senado Federal.

“Em relação ao programa Mover, ele está de acordo. Fez algumas sugestões de acolhimento de emendas desse programa de mobilidade. Em relação à taxação, ele se manifestou contrariamente. Óbvio que a gente respeita o entendimento do senador Rodrigo Cunha, mas certamente esse tema vai a debate porque muitos senadores e senadoras desejam e acham justa a taxação dessas compras, diferentemente do que entendeu o relator senador Rodrigo Cunha”. 

Já Pacheco, avalia que a taxação é uma forma de proteger a indústria nacional:

“Não pode haver um tratamento diferenciado em relação a isso. Me parece de fato que se estabelecer uma taxação uniforme entre o que vem do exterior e o que é produzido aqui, é algo que vem acalhar para aquilo que nós queremos que é o desenvolvimento da indústria nacional. Ao desenvolvermos e protegemos a indústria nacional, protegemos o varejo nacional e protegemos não com o protecionismo desvairado, mas com o protecionismo equilibrado. Estabelecer equidade, justiça, equilíbrio mesmo”. 

O pedido de adiamento saiu do líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), após o relator, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), apresentar um parecer excluindo a taxação das importações do projeto. A retomada do imposto está dentro da proposta que cria o Mover, um programa de incentivo à produção de veículos sustentáveis.

FUTURO

Se o texto aprovado na Câmara dos Deputados for modificado pelos senadores, o projeto volta para uma nova análise dos deputados. 

*Feito com informações de Agência Brasil.

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