Whiplash: em busca da perfeição é um filme com uma proposta bem simples, uma jovem que deseja ser um grande músico, porém é complexo no seu desenrolar.
Dirigido por Damien Chazelle, mesmo diretor de “La La Land – cantando estações”, o filme acaba revelando que a premissa simples é uma grande cortina para explorar maus tratos, abuso psicológico, além de um questionamento bastante profundo: “Vale tudo para ser perfeito?”
A produção gira em torno de Andrew Neiman que ao sair em busca de seu sonho acaba dando de cara com o músico de jazz Terence Fletcher (J.K. Simmons).
MAIS É BOM?
O longa não faz questão de esconder que o personagem do ator J.K Simmons é uma espécie de antagonista. Extremamente abusivo, tóxico e exageradamente exigente, ele busca de todas as maneiras alcançar o que quer, até o último instante do longa.
A dinâmica entre o homem que procura algo e o garoto que sonha com o futuro também é retratada de uma maneira dinâmica onde ambos os personagens se tornam responsáveis por eventos seguintes como o fim de relacionamentos, busca por reconhecimento.
O filme é cheio de recursos narrativos que dão aberturas para diversas interpretações, como a harmonia musical e construída em cena. Por mais que a primeira metade do filme seja até previsível, o longa mostra a que veio sabendo exatamente a hora que precisa encerrar para alcançar um final ironicamente perfeito.
O filme, disponível na Netflix, com certeza vale ser assistido.
