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Zelensky convida Lula para reunião durante o G7; petista não confirma encontro


Durante a cúpula dos líderes do G7, realizada em Hiroshima, Japão, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs uma reunião bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação foi confirmada à TV Globo pelo Itamaraty.

Ainda não há confirmação sobre a data do possível encontro. Quando questionado sobre a possibilidade do encontro acontecer neste sábado, dia 20, o presidente Lula respondeu que não sabia se a reunião ocorreria. Além disso, o governo brasileiro divulgou a agenda de Lula para o último dia da cúpula do G7, no domingo, dia 21, sem mencionar um encontro entre os presidentes do Brasil e da Ucrânia.

Lula e Zelensky. Foto: Reprodução.

Essa solicitação de reunião surge uma semana após o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, ter participado de uma reunião com Zelensky em Kiev, capital da Ucrânia. Nas redes sociais, o presidente ucraniano afirmou que discutiu com Amorim a necessidade de um plano de paz para encerrar a guerra causada pela invasão russa em seu país, além de mencionar a possibilidade de uma cúpula entre a Ucrânia e países da América Latina. Na ocasião, o líder ucraniano também expressou o desejo de receber o presidente Lula na Ucrânia e continuar o diálogo com o governo brasileiro.

Lula tem defendido a liderança de um grupo de países, incluindo o Brasil, na busca por uma solução negociada para o fim do conflito, que já dura mais de um ano. Entretanto, o presidente brasileiro deixou claro que não pretende visitar a Rússia e a Ucrânia enquanto não houver um cessar-fogo.

Esse possível encontro entre os dois presidentes também ocorre em meio às declarações de Lula sobre o conflito. Nos últimos tempos, as declarações de Lula atribuindo responsabilidades pelo conflito também à Ucrânia geraram críticas de diversos países, incluindo os Estados Unidos. O governo americano chegou a afirmar que o Brasil estava reproduzindo a propaganda russa e chinesa sobre a guerra na Ucrânia.

Após a repercussão dessas declarações, Lula mudou seu discurso e reafirmou o apoio à integridade territorial da Ucrânia, condenando a invasão russa.

Com informações G1*