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Em função das queimadas e da seca, governo do Pará decreta Estado de Emergência Ambiental

O governador do Pará, Helder Barbalho, decretou nesta terça-feira (17) situação de emergência em todo o estado, em virtude do agravamento das queimadas e da seca prolongada. A medida considera a grave estiagem que tem reduzido significativamente os níveis de água em rios, reservatórios e aquíferos, afetando diretamente setores como agricultura, abastecimento de água potável, pecuária e outras atividades econômicas essenciais.

O decreto classifica a emergência como de nível 2, abrangendo todo o território paraense. Além da seca, a medida também aborda os incêndios florestais que têm atingido áreas de proteção ambiental (APA) e parques, tanto em âmbito nacional quanto estadual e municipal. Queimadas em áreas não protegidas também têm agravado a qualidade do ar, prejudicando a saúde da população.

“Assinei um decreto de emergência ambiental em razão das queimadas e da estiagem em nosso estado. Com isso, já encaminhei à Defesa Civil Nacional o pedido de reconhecimento e todas as estratégias de enfrentamento. Além disso, recebi do Corpo de Bombeiros e de diversas instituições o nosso Plano Emergencial para combater as queimadas, a estiagem e os focos de incêndio”, afirmou o governador do Pará, Helder Barbalho.

O chefe do Executivo estadual ainda destacou a gravidade da situação. “Os números são alarmantes: registramos um aumento de 200% nos focos de queimadas em comparação com o mesmo período de 2023. Estamos com brigadistas e equipes atuando nas áreas mais críticas, além de equipamentos e aeronaves para enfrentar este cenário de crise, especialmente nos 15 municípios mais afetados”.

O governador reforçou o compromisso com as ações de enfrentamento. “Continuaremos trabalhando para mitigar os impactos na vida, na saúde e na economia do nosso estado”, declarou.

Imagem: Marco Santos, Agência Pará.

AÇÕES DE COMBATE DO ESTADO

Com o decreto, o governo autoriza a mobilização de todos os órgãos estaduais, coordenados pela Defesa Civil, para desenvolver ações de resposta ao desastre. Essas medidas incluem a recuperação das áreas afetadas e a implementação de programas prioritários, além da possibilidade de convocar voluntários para reforçar as ações, seguindo protocolos de segurança.

O governador também anunciou um plano emergencial que envolverá várias secretarias estaduais em um esforço conjunto para enfrentar os impactos da seca e das queimadas.

 
 
 
 
 
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IMPACTOS AMBIENTAIS E NA SAÚDE DO ESTADO

O decreto destaca os sérios danos ambientais causados pela estiagem, como a morte e migração de espécies da fauna, a destruição da vegetação pela falta de água e o aumento do risco de queimadas. Essas queimadas não apenas afetam a vegetação, mas também poluem o ar com gases e partículas tóxicas, agravando problemas respiratórios e contribuindo para as mudanças climáticas.

As regiões mais afetadas incluem Araguaia, Baixo Amazonas, Carajás, Guajará, Guamá, Lago de Tucuruí, Marajó, Rio Caeté, Rio Capim, Tapajós, Tocantins e Xingu, onde os impactos são mais severos tanto no meio ambiente quanto na saúde pública.

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Imagem: Marco Santos, Agência Pará.