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Varíola dos macacos: saiba quais as principais medidas para a proteção e combate ao vírus

Primeiro caso foi confirmado pela Sespa e outros dois estão sendo monitorados no Estado.

Na última terça-feira, 02, foi confirmado o primeiro caso da varíola dos macacos no Pará. O BT Mais entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Pará (Sespa), que informou as principais medidas e recomendações para a população se proteger, tanto em público, como em casa, bem como aos que buscarem atendimento nas unidades de saúde.

Segundo informações divulgadas pelo Diretor de Vigilância em Saúde da Sesma, Adriano Furtado, a doença “O paciente tende a evoluir para a cura, exceto aqueles que têm o sistema imunológico muito debilitado”, afirmou.

VEJA AS RECOMENDAÇÕES DA SESPA:

  • Recomendação do uso de máscaras em lugares fechados e no transporte coletivo;
  • Higienização frequente das mãos;
  • Evitar contato com pessoas que apresentem sintomas e pessoas que chegaram recentemente de viagem de localidades com transmissão do vírus;
  • Caso alguma pessoa apresente algum dos sintomas do vírus, o ideal é que a pessoa seja isolada imediatamente;
  • Não compartilhar copo, toalha, prato, talheres itens pessoais e itens de higiene;
  • O isolamento deve ser encerrado depois do desaparecimento completo dos sintomas e lesões; 
  • Picadas de inseto, alergias, foliculite, doenças autoimunes são descartadas;

QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS ?

  • Febre súbita acima de 36º graus;
  • Dores de cabeça;
  • Dores musculares e nas costas;
  • Calafrios;
  • Exaustão;
  • Erupções cutâneas;
  • Feridas pelo corpo e pequenos caroços na pele que causam coceira;

Todos os sintomas se manifestam em estágios distintos entre o primeiro e terceiro dia. A transmissão do vírus acontece pelo contato direto com lesões de pele e cascas de ferida e fluidos corporais (gotículas respiratórias expelidas ao tossir, falar ou espirrar). Cabe frisar que o uso da camisinha não previne o contágio.

Além disso, ações como beijar na boca, contato físico constante e até dançar em ambientes fechados, onde estão muitas pessoas sem máscara, são questões que podem elevar as chances de contágio. Importante dizer também que não existem grupos de risco com relação à varíola dos macacos.

MONITORAMENTO DO VÍRUS

Segundo a Sespa, foi criada uma sala de situação para acompanhar os casos que estão sendo investigados, e ainda novos que possam surgir no Pará. A sala foi feita em conjunto com o governo municipal.

Esta é a primeira iniciativa de combate ao vírus para conversar de forma integrada com todas as unidades de saúde e pronto socorros em todos os municípios paraenses. Até o momento, a transmissão comunitária ainda não é realidade no Estado.

A sala de situação que acompanha o panorama da doença é composta pelo Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), de Belém e Ananindeua, além da Sespa e Instituto Evandro Chagas. 

O espaço reúne diariamente os membros para discutir atualizações de dados, estratégias e ação conjunta entre os municípios e órgãos competentes. Todos os casos sugestivos são avaliados conjuntamente com os órgãos responsáveis e especialistas. É a mais nova política de controle e prevenção ao contágio.

De acordo com a secretaria já existe um trabalho de capacitação dos profissionais de saúde para o caso de novos casos. Comunicados, notas técnicas e informativos com o intuito de orientar a população estão sendo veiculadas pela Sespa à população.

I A VACINA?

Ainda não existe vacina no país, entretanto, doses já foram solicitadas pelo governo federal que serão aplicadas a princípio, somente em profissionais da saúde e quem teve contato com infectados.

Conforme especialistas, a varíola dos macacos é uma variante menos letal que a varíola humana, isto é, a varíola dos macacos é causada pelo vírus Monkeypox, pertencente à família da varíola humana, já conhecida no mundo. Logo, todas as pessoas estão suscetíveis à contaminação.

A Sespa aguarda o envio de doses de vacina pelo Ministério da Saúde, que encomendou nesta semana a compra de 50 mil doses. A compra foi feita em um convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A previsão de chegada das doses é para setembro, uma remessa de 20 mil doses, porém, a pasta negocia uma antecipação para ainda em agosto. A outra remessa está prevista para ser entregue em outubro, com a chegada de mais 30 mil doses. Por fim, o Ministério destaca que as primeiras doses serão para profissionais da saúde.

PRIMEIRO CASO DE VARÍOLA DOS MACACOS EM BELÉM

Um homem, de 27 anos, que esteve em São Paulo e Rio de Janeiro, é o primeiro paraense confirmado com a varíola dos macacos (monkeypox) no Estado, além de outros dois que estão sendo monitorados pelos órgãos de saúde, em Santarém e Parauapebas.