O Ministério da Saúde divulgou, na noite de segunda-feira, 1, uma nota técnica com orientações sobre casos de varíola dos macacos (monkeypox) em gestantes, lactantes, puérperas e profissionais da saúde. Entre as orientações, estão o uso de máscaras e o uso de preservativo em todos os tipos de relações sexuais, seja ela oral, vaginal ou anal.
Segundo o documento, ainda existem poucos estudos sobre a doença em pessoas grávidas. Entretanto, a preocupação com este público em específico é alta devido às consequências da varíola humana em gestantes. Não se sabe, por exemplo, se as gestantes são mais suscetíveis ao vírus ou se a infecção é mais grave na gestação. O vírus pode ser transmitido ao feto durante a gravidez ou ao recém-nascido por contato próximo durante e após o nascimento.
No documento divulgado pela pasta (veja aqui), é alertado que “Assim como em outras infecções virais, pode aumentar o risco de abortamento, óbito fetal, prematuridade e outras alterações ligadas ao acometimento fetal. No entanto, ainda não há como quantificar esses riscos. Ainda assim, cuidados redobrados com a gestante e o feto são recomendados diante da suspeita ou confirmação da infecção, até que dados mais robustos estejam disponíveis”, explicou o Ministério.
Entre as recomendações, para gestantes, lactantes, puérperas, estão a de afastamento de pessoas com sintomas como febre e lesões de pele. Também é recomendado o uso de preservativo em todos os tipos de relação sexual, assim como a observação de lesões na área genital do parceiro.
“A OMS recomenda que os países tomem medidas para reduzir o risco de transmissão a outros grupos vulneráveis, incluindo crianças, gestantes e aqueles que são imunossuprimidos”, declarou Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) à imprensa.
ORIENTAÇÕES DO MINISTÉRIO:
As recomendações do ministério da Saúde são:
- Mantenham uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus;
- Afastem-se de pessoas que apresentem sintomas suspeitos como febre e lesões de pele-mucosa (erupção cutânea, que habitualmente afeta o rosto e as extremidades e evolui de máculas para pápulas, vesículas, pústulas e posteriormente crostas);
- Usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal) uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente;
- Estejam alertas para observar se sua parceria sexual apresenta alguma lesão na área genital e, se presente, não tenham contato;
- Procurem assistência médica, caso apresentem algum sintoma suspeito, para que se estabeleça diagnóstico clínico e, eventualmente, laboratorial.
Também há recomendações para o tratamento da monkeypox:
Se pessoa estiver assintomática após exposição ao vírus e o teste der negativo, o monitoramento é suspenso. Caso o teste dê positivo, deve ser feito um isolamento domiciliar por 21 dias.
Em casos de gestantes com sinais ou sintomas suspeitos da doença, em caso de teste negativo, o indicado é o isolamento domiciliar por 21 dias. Se o teste no teste positivo, a indicação é a hospitalização da gestante nos casos moderados, graves e críticos.
QUAIS OS SINTOMAS?
Os sintomas são febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, ou seja, sintomas semelhantes a um resfriado ou gripe.
Cerca de 1 a 5 dias após o início da febre, aparecem lesões na pele, que são chamadas de exantema, as conhecidas manchas vermelhas. Essas lesões aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo. Também surge a coceira e aumento dos gânglios.
Lembrando: uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam e que a pele esteja completamente cicatrizada, já que as casquinhas contêm material viral infeccioso.