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Petista é assassinado após discussão com bolsonarista no Mato Grosso

Uma briga política terminou em um assassinato em Confresa, município do Mato Grosso, na manhã desta quinta-feira, 8. Segundo informações do portal Estado de Minas, Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, apoiador do atual presidente da república Jair Bolsonaro (PL), matou a facadas Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, que era eleitor do ex-presidente e candidato a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Rafael confessou o crime e está preso.

Segundo o jornal O Globo, o assassino afirmou que ambos discutiam por horas por divergências políticas e que em certo momento, ele atacou o rival com facadas no rosto após levar um soco do petista. A vítima foi morta com golpes no olho, na testa e no pescoço. O assassino era colega de trabalho da vítima, ainda teria tentado decapitar o homem com um machado depois do brutal assassinato.

Imagem mostra prisão de bolsonarista que matou petista em Confresa, no Mato Grosso Imagem: Polícia Civil do MT

A Polícia Civil pediu à Justiça a conversão da detenção em flagrante para prisão preventiva, sustentando que há prova da existência do crime, indícios de autoria e perigo de deixar o autor em liberdade. Durante a audiência de custódia, o Ministério Público manifestou-se também pela prisão preventiva.

“Assim, analisando os elementos informativos juntados aos autos, constato a ocorrência de crime gravíssimo, no qual uma vida humana foi ceifada. Ademais, analisando o feito de forma preliminar em audiência de custódia, constata-se que o delito teria ocorrido por razões de divergências político-partidárias”, destacou o juiz.

SEGUNDO CASO DE VIOLÊNCIA POLÍTICA NO ANO

 É a segunda vez neste ano que um apoiador de Bolsonaro mata um simpatizante do ex-presidente, em Foz do Iguaçu, no Paraná, o guarda municipal e dirigente local do PT Marcelo Arruda foi assassinado a tiros pelo policial penal federal bolsonarista José Guaranho durante sua festa de aniversário de 50 anos, que tinha o ex-presidente como tema. Antes de atirar, Guaranho invadiu o local atacando Lula e o PT e com palavras de ordem pró-Bolsonaro, provocando uma discussão.