O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) cassou de forma definitiva o registro profissional do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em julho de 2022 pelo estupro de uma paciente submetida à cesárea no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em Vilar dos Teles, São João de Meriti, município na Baixada Fluminense.
Funcionários do hospital filmaram o anestesista colocando o pênis na boca da paciente, que estava dopada durante o ato. A sentença de cassação foi determinada, por unanimidade, durante plenária de julgamento, que acorreu na tarde desta terça-feira (28), e mobilizou os 21 conselheiros do colegiado responsável pela análise do caso. Giovani está proibido de atuar na medicina e pode ser condenado a até 15 anos de prisão por estupro de vulnerável.
A cassação do anestesista foi conduzida, internamente, por um comitê opinativo de governança que o Cremerj instalou na época do episódio para coibir casos de assédio. O grupo também vinha pressionando para que o cirurgião ortopedista Clóvis Munhoz se afastasse da presidência da entidade em meio à sindicância que responde devido a uma acusação de assédio sexual. Munhoz entregou o cargo na semana passada, alegando motivos profissionais. Ele foi indiciado pela polícia e também pode perder o registro.
A polícia ainda tenta descobrir outras possíveis vítimas do criminoso.